Santa Catarina fechou 241 vagas de emprego formal em julho. Apesar do recuo ser pequeno, é o terceiro saldo (entre desligamentos e admissões) negativo consecutivo do Estado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho ontem. O desempenho catarinense foi puxado pela indústria, que demitiu 1,59 mil pessoas a mais do que contratou.
Entre maio e julho, foram encerrados 8,74 mil postos em SC, que não apresentava mais de duas quedas seguidas desde 2016, quando registrou resultado negativo por cinco meses e um total de 37,5 mil vagas de emprego a menos no período – de março a julho. Apesar do desempenho no período, o saldo ainda é positivo no ano: 33,5 mil mais contratações do que demissões.
No mês passado, o Estado foi a quinta unidade federativa do país que mais registrou fechamento de vagas, atrás de Rio Grande do Sul, que encerrou 2,6 mil postos, Rio de Janeiro (-1 mil), Espírito Santo (-641) e Sergipe (-302). No período, os melhores desempenhos foram em São Paulo (15,3 mil) e Minas Gerais (10,3 mil). O país todo teve saldo de 47.319 vagas neste mês.
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, pondera que julho é historicamente ruim para o Estado. Em contrapartida, ele aponta que também há outros motivos para a queda do emprego na indústria no último mês.
– Na área de produtos alimentícios, foi muito por conta dos embargos que houve na exportação das carnes de frangos e suínos. Há também reflexo da greve dos caminhoneiros. E, ainda, tem algumas empresas que estão se reestruturando em função dessas suspensões. Companhias entraram em férias coletivas, outras demitiram – explica.
No acumulado de 2018, no entanto, o setor abriu 19.119 postos, o melhor saldo do Estado. Na outra ponta, o comércio puxa o indicador para baixo com 5,7 mil postos de trabalho encerrados entre janeiro e julho.
Confira o saldo de vagas de julho para cada setor da economia: