A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses do mês de agosto, realizada pela Fecomércio SC, voltou a apontar um certo otimismo por parte dos consumidores, o que não deixa de ser uma boa notícia para os empresários do setor. Mesmo que o indicador geral tenha subido pouco em relação a julho (2,2%), apesar da queda anual de 24,3%, essa ligeira elevação foi o suficiente para situá-lo acima dos 100 pontos (102), limiar entre o campo positivo e negativo.
Para a Fecomércio SC, este valor denota um certo otimismo do consumidor catarinense quanto a suas intenções de consumo. Percebe-se que o catarinense ainda quer consumir, mas, na hora de efetuar a compra, as condições de pagamento já não condizem mais com sua situação financeira. Portanto, cabe ao empresário, na medida do possível, buscar alongar os prazos de pagamentos e diversificar seus produtos.
O presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, já havia manifestado opinião semelhante em entrevista concedida à revista CNC Notícias deste mês. Segundo Breithaupt, é fundamental para o empresário, nesses períodos de dificuldade econômica, buscar inovar, diversificar seu mix de produtos e, também, procurar estender os prazos de pagamentos e oferecer novas condições que se adequem à nova situação do consumidor.
Números oscilam
A confiança em relação à renda atual subiu 0,5% na comparação mensal, mas caiu -1,5% na comparação anual. Já as expectativas sobre o consumo atual caíram -0,3% no mês. No ano, a queda foi de -35,5%. O nível de emprego entre julho e agosto subiu 3,1%, mas caiu -8,2% no ano. No mês de agosto, o indicador perspectiva profissional apresentou uma alta de 3,9%. Na comparação anual, a alta foi maior de 11,4%. Porém, a marca está num patamar considerado muito baixo, apesar das variações positivas observadas em agosto: 92,8.
O momento para duráveis subiu 16,5% entre julho e agosto. Mas, no contexto anual, o indicador registrou queda de -30,4%. A queda do indicador anual reflete a retração do crédito, cujos bens duráveis são mais sensíveis, bem como as medidas de ajustes adotadas pelo governo, as quais reforçam as pressões inflacionárias, bem com a desvalorização do real, que encarece as importações.
Fonte: Portal Contábil SC