Quais são as diferenças entre o regime de caixa e regime de competência?
Na realidade, ambos são métodos usados por gestores financeiros e contábeis para fazer a análise e gestão das finanças da empresa. Ou seja, é fundamental para equilibrar as contas, organizar os investimentos e sobretudo, assegurar o crescimento do negócio. Todavia, é importante conhecer mais detalhes à respeito disso. Confira abaixo:
O que é o Regime de Caixa?
Faz parte do financeiro de qualquer empresa, o regime de caixa nada mais do que o registro das operações de entrada e saída conforme e negociação com o fornecedor ou cliente. No entanto, o financeiro contabiliza as receitas, custos e investimentos que foram pagos ou recebidos dentro daquele mês vigente.Ou seja, o regime de caixa considera a data que realmente o dinheiro entrou e saiu da empresa.
O que é o Regime de Competência?
Já no regime de competência, o registro é feito na data em que a situação ocorreu, pois não importa quando ele vai ser pago ou recebido. Para compreender melhor, esse regime é usado pela contabilidade para registrar o chamado ” fato gerador”.
Por exemplo: Se a empresa fez compras de matéria prima no mês de Janeiro, é assim que será registrado, não importando quando essa conta será paga. O mesmo ocorre com as vendas.
Quando o regime de caixa e o regime de competência são utilizados?
Geralmente, quando uma empresa quer medir os seus resultados é indicado usar o regime de competência, pois através dele é possível avaliar todas as vendas e despesas realizadas dentro de um determinado período. Além disso, é justamente no regime de competência que são analisados a depreciação, é justamente por isso que o DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) é produzido através dessa modalidade, com isso, pode-se notar se a empresa teve lucro ou prejuízo durante o período. No entanto, o regime de caixa também não pode ser ignorado, pois é através dele que são realizados o DFC- Demonstrativo de Fluxo de Caixa, um dos relatórios mais utilizados na gestão de uma empresa para entender como estão as finanças do negócio.
Pontos positivos e negativo de utilizar o Regime de Caixa:
Positivo:
Nesse método, o gestor consegue visualizar perfeitamente as finanças da empresa, ou seja, quanto ela tem de dinheiro em caixa no momento. É de suma importância para conseguir gerir a capacidade de pagar as contas.
Negativo:
Somente se basear nesse método é arriscado, pois o gestor não consegue medir o resultado operacional da empresa criando uma espécie de confusão na leitura.
Pontos positivos e negativos no Regime de Competência:
Positivo:
Extremamente importante para analisar se a empresa está obtendo lucros o suficiente para pagar as despesas. É através do DRE que o gestor vai entender se o negócio realmente vale a pena.
Negativo:
No regime de competência, não mostra o que realmente está acontecendo no caixa da empresa.
É perfeitamente possível que uma empresa tenha lucro nas operações, no entanto, não tenha dinheiro em caixa para pagar as contas. Isso é um perigo, pois o negócio pode ser prejudicado através do atraso nos pagamentos.
Qual regime é obrigatório nas empresas?
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis aponta que o Regime de Competência seja utilizado para as demonstrações contábeis, inclusive, ele é padrão em Sociedades Anônimas e também usado para a Declaração de Imposto de Renda pessoa jurídica, sobretudo em empresas, cujo o regime de tributação seja o lucro real.
No entanto, as empresas cadastradas no SIMPLES NACIONAL optantes pelo lucro presumido podem optar pelo Regime de Caixa.
Em suma, o Regime de Competência não é uma obrigatoriedade em todos os casos. No entanto, mesmo que fosse necessário usar esse regime, nada impede que as companhias adotem também outras formas de administrar o negócio. O importante é que cada empresário extraia o que cada regime tem de melhor e use para fazer uma gestão mais simplificada e organizada visando o crescimento do negócio.