Final de ano é uma época marcada por metas e planejamentos, especialmente para quem possui – ou pretende possuir – um negócio próprio, no ano que está por vir. Com as recentes mudanças políticas, os economistas projetam um crescimento de 2% para a economia do Brasil, mantendo uma recuperação lenta em 2019. Desta forma, o empresário precisa estar preparado para esse cenário pouco otimista em seus projetos.
Mesmo com muitas dicas e farta bibliografia sobre como administrar empresas de grande ou pequeno porte, com planejamento financeiro, estratégias de marketing, tutoriais na internet, entre outras. É preciso lembrar que, por trás de todo negócio – novo ou antigo – estão pessoas, segundo explica Rebeca Toyama, especialista em desenvolvimento humano.
“Então, de nada adianta seguir todos os passos das ‘listas milagrosas’ para criar um bom planejamento empresarial, se não conseguir cumprir o que está descrito. Empresários, líderes e funcionários que ocupam cargos altos precisam ter em mente os próprios limites como pessoa, profissional e empresa. Caso contrário, será tão ineficiente quanto não ter feito qualquer planejamento”, aconselha Rebeca.
Outro erro muito comum é esquecer que, não só o líder da empresa é um ser humano, como os outros funcionários também, com virtudes e fraquezas. É preciso fazer as projeções orçamentais, de resultados e vendas com uma margem de erro, bem como é aconselhável criar uma contenção de risco, pois pessoas cometem erros, ficam doentes, têm dias ruins e contratempos.
“É costumeiro criar um plano que, se a empresa seguir de acordo, vai atingir o crescimento ou meta esperada. No entanto, na hora de criar um planejamento empresarial, é importante lembrar que ninguém é perfeito, e os processos de qualquer empresa são feitos por pessoas. Nenhuma operação é capaz de atingir uma meta constante e sem defeitos, e a projeção deve prever essa oscilação”, complementa a especialista.
Além disso, para Rebeca, da mesma forma que metas pessoais, empresários precisam ser realistas e assumir responsabilidades, pois “de nada adianta culpar o governo, a crise econômica ou as nuances do mercado pelos seus problemas”. Assim, o empreendedor assume o controle do próprio negócio e, de acordo a especialista, não perde tempo procurando outros a quem culpar.
“Não faz parte da nossa cultura, para a grande maioria das pessoas, pensar em um planejamento e se preparar para investimentos, contratações ou perda de clientes. A tendência é ir resolvendo conforme as mudanças vão sendo demandadas, sem nenhum tipo de preparo para a empresa. Então, quando surge um problema, o empresário coloca a culpa na economia, no cliente que saiu, em um funcionário, etc. ao invés de solucionar a questão e evitar que ela se repita”, finaliza a especialista.
Rebeca Toyama – palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores
Fonte: Portal Contábil SC